Arapoanga: GDF e Governo Federal unidos pelo bem comum

No dia 28 de março de 2009 foi realizado o III Encontro Diálogos Distritais que tem por objetivo principal ouvir a comunidade para criar políticas públicas que de fato sejam proveitosas. Para abrir o encontro houve apresentação do grupo de basquete de rua da CUFA DF , o D’Ruas, com performance musical de DJ A.

Embora não houvesse um grande número de moradores da comunidade do Arapoanga, o Diálogo foi considerado pelos idealizadores do projeto um dos mais produtivos. Na voz de Carlos, morador da cidade do Arapoanga há 14 anos, o governo e a CUFA puderam reforçar a importância da presença do governo na região, “A educação e a cultura ajuda e muito o cidadão. Sinto muito porque a comunidade em peso não está presente aqui. Os nossos jovens precisam de lazer. Antes tinha e era ótimo. Tem muita gente boa do lado artístico também”.
Além do GDF e da CUFA, o Governo Federal representado pelo Ministério da Justiça, nas pessoas de Reinaldo Chaves e Cláudio Tusco, assessores do gabinete do ministro e do Programa Nacional de Segurança com Cidadania- PRONASCI, estiveram presentes e contribuíram para o projeto reforçando que a vontade do governo é acertar, e para isso, é necessário investir em ouvir o que o povo deseja para criar programas de qualidade e sintonia entre as atividades que as comunidades que são multiculturais necessitam.

Reinaldo Chaves frisou ainda a importância da região do Arapoanga para o governo, “Elencamos um grau de prioridade para desenvolver as atividades. A comunidade do Arapoanga, por ser uma das cidades mais violentas do Distrito Federal nos faz pensar em como estabelecer uma lógica de paz com enfrentamento. O jovem está mais exposto a rua e experimentações e Arapoanga não tem espaços de debate, cultura, um espaço público saudável para envolver estes jovens”. Reinaldo terminou sua fala dizendo que a rua também é um local importante para o jovem, por ser a rua o maior exercício de sociabilização, “Não é a saída tirá-los da rua e sim, tornar a rua um ambiente saudável”, conclui.

A moradora Sílvia Gomes concordou com todos os presentes, mas cobrou políticas para os idosos e adultos. “Não há projetos que as pessoas de 30 anos estejam inclusas, tem muita gente nesta idade que está desempregada e precisa de uma ocupação também. E os idosos? Eles também precisam”.

Ao lembrar-se de problemas enfrentados pelas comunidades, o Secretário Adjunto de Cultura, Beto Salles, prestou uma homenagem ao gerente de bibliotecas da Secretaria de Cultura desde 2006, Cassemiro Silva de Souza, morto na noite de terça feira, 24 de março de 2009, por um grupo de assaltantes, incluindo um adolescente. Ele reagiu ao assalto, foi baleado e não resistiu aos ferimentos. Mais uma vítima dos problemas que a sociedade brasileira enfrenta.

Diálogos Distritais chega ao Itapoã

No segundo encontro do Projeto “Diálogos Distritais”, realizado no último sábado (21), no Itapoã, participaram da conversa, mais de 30 pessoas, entre líderes comunitários, produtores culturais e jovens. Max Maciel, coordenador da Central Única das Favelas (Cufa-DF )acompanhou a comitiva da Secretaria de Cultura, que teve a oportunidade de escutar a comunidade acerca de seus anseios, além de esclarecer algumas dúvidas.

A equipe da Secretaria de Cultura foi formada por Beto Sales (secretário-adjunto), Ana Cristina Viana (assessora), André Mendes (assessor), Ana Tavera (Museu de Arte de Brasília), Alessandra Ribeiro (Museu do Catetinho) e Cassimiro Souza (gerente de Bibliotecas). Também participou da reunião o subsecretário de Programas Comunitários da Secretaria de Segurança Pública, Normando Feitosa.
A comitiva da Secretaria de Cultura visitou diversos pontos da cidade logo na chegada ao Itapoã, e observou as dificuldades enfrentadas pelos moradores locais. Durante a visita, a ocupação do BOPE chamou a atenção, Itapoã é citada constantemente na mídia como uma região de conflitos.

Durante o diálogo, José Oliveira Sobrinho, gerente de Cultura, Esporte e Lazer do Itapoã ressaltou que o “que diminui os índices de criminalidade não é a repressão policial, e sim a cultura, o esporte, o lazer, iniciativas que tirem as crianças da rua. E que a população do DF precisa reconhecer Itapoã como cidade e não mais uma invasão”.
O encontro teve início com a intervenção do basquete de Rua do grupo D’Ruas regado ao Hip Hop com Dj. Batma. O encontro aconteceu na sede do Grupo Radicais Livres, “Expresso Periferia” que desenvolve atividades esportivas e culturais junto à comunidade do Itapoã. Durante o diálogo, o grupo D’Ruas realizou simultaneamente clínica de manobras artísticas com a bola para as crianças.



Assim como na primeira etapa do projeto, realizada dia 14 na Estrutural, o acesso aos recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) foi um dos pontos mais questionados. A comunidade também discutiu a implantação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça.
“O ‘Diálogos Distritais’ tem como objetivo nos tirar do gabinete e chegar mais perto das comunidades, estabelecendo um contato maior entre governo e os produtores culturais regionais. Nessas conversas, além de esclarecermos algumas dúvidas, conhecemos um pouco mais do dia-a-dia das comunidades que visitamos”, destacou Beto Sales.

Além desse blog que registra novas informações, fotos, textos, vídeos, editais e esclarecimento, foi criado um grupo para diálogo online. O objetivo é estabelecer um diálogo permanente com artistas e produtores culturais, dando prioridade aos grupos instalados na periferia da capital, que têm maiores dificuldades de comunicação com o governo.

A próxima comunidade a ser visitada será Arapoangas (dia 28), das 15h às 18h.

Cultura na Cidade Estrutural

A Central Única das Favelas do Distrito Federal junto a Secretaria de Estado de Cultura realizou o 1º Diálogos Distritais, na tarde de 14 de março de 2009, na cidade Estrutural. O governo foi ao povo para mais uma vez afirmar que uma das funções do governo é trabalhar em prol de melhorias para as periferias e ressaltar que a comunidade deve acompanhar as ações governamentais e se organizar para cobrar tais benfeitorias.

O encontro teve início com a intervenção do basquete de Rua do grupo D’Ruas regado ao Hip Hop com o DJ A e o MC Hadda, seguido de uma clínica de manobras artísticas com a bola. Ao todo foram quarenta pessoas presentes na reunião e mais de duzentas na intervenção e na clínica.

O tema principal do encontro foi o Fundo de Apoio a Cultura (FAC). Os convidados Beto Sales (secretário-adjunto de Cultura), Ione Carvalho (subsecretária de Políticas Culturais), Alexandre Menegale (subsecretário de Relações Institucionais), Rosa Coimbra (assessora especial), Ana Cristina Viana (assessora), André Mendes (assessor), Wagner Barja (diretor do Museu Nacional), Johanne Madsen (Espaço Cultural 508 Sul), Ana Tavera (Museu de Arte de Brasília) e Cassimiro Souza (gerente de Bibliotecas), explicaram as mudanças ocorridas no FAC e ainda, esclareceram dúvidas da comunidade com relação ao incentivo a cultura.

A moradora Lucilaila Alencar Dias esteve presente no encontro representando alguns jovens da região. "Venho aqui pedir socorro em nome dos jovens desta cidade. Não temos o básico como bolas, uniformes, um espaço para a prática de atividades culturais e até esportivas. Devido a falta deste mínimo, a violência, a ociosidade e a perspectiva de vida assumem o controle da juventude que já não acredita mais nas promessas da administração da cidade, e por conseqüência nas outras frentes governamentais", diz.

Em resposta ao clamor, mesmo sem querer fazer um “encontro de promessas”, Beto Salles disse que o FAC vai ter uma ação específica para os problemas da periferia e que o fundo sofre um processo de simplificação justamente para estimular a cultura popular e quer que realmente o projeto chegue a todo o DF e que este governo quer investir em espaços para divulgar e expressar esta arte.

O desdobramento deste encontro se concretiza com a criação uma rede de acompanhamento e discussões das políticas públicas culturais do DF, tendo como meio um grupo para diálogo online e um blog para registro de novas informações bem como fotos, textos, vídeos, editais e esclarecimento de dúvidas sobre os fomentos de cultura do DF com o intuito de estabelecer um diálogo permanente com artistas e produtores culturais, dando prioridade aos grupos instalados na periferia da capital, que têm maiores dificuldades de comunicação com o governo.

Depois da Estrutural, serão visitadas as cidades de Itapoã (dia 21) e Arapoangas (dia 28), sempre aos sábados, das 15h às 18h. Toda e qualquer dúvida pode ser encaminhada para a Secretaria de Estado de Cultura pelo endereço http://www.sc.df.gov.br/ ou para a Central Única das Favelas do Distrito Federal pelo telefone 3224-6557.